quarta-feira, 21 de abril de 2010

Coisas que eu quase sou capaz de entender.

Ela demonstrava ser muito alegre e imperativa, antes dele.

Ela sorria mais, ela saia com os amigos, ela tinha personalidade e distribuía abraços.

Eu quase acreditei na autenticidade daquela garota, quase...

Então ele chegou dizendo que a amava. Ama? Como assim gente?

Por algum motivo que eu quase consigo entender, ela acreditou nas palavras vazias daquele garoto. Mas, logo depois deixou de sorrir.

É quase engraçado a ver por ai cantarolando musicas tristes tentando convencer sua alegria a ser alegre. Ela anda na ponta dos pés, tentando não cair, porque hoje já não existem tantas pessoas por perto, e ela poderia ficar sob o chão.

Ao menos, ao que me diz respeito, nunca o vi trata - lá bem, como de fato ela merece, ela não sabe como merece. Nunca o vi comportar-se de maneira a provar suas palavras de amor por ela, não arisco a dizer que ele não a ama, mas arisco a dizer que talvez ele não saiba amar. Ele é grosso e ela sabe disso. Eu quase entendo.

É absurdamente triste a maneira como ela finge não se importar com a falta do seu sorriso, e ela jura ser feliz, se ela for, aqui eu descubro que a felicidade não é algo visível na face das pessoas.

Eu entendo o medo de ficar só, por senti-lo sempre, se me contassem que é isso que ela sente, ainda assim eu não acreditaria.

Por que ela jura ama-lo.

Eu sei que o amor não tem sentido, e nem precisa ter, nos contentamos com existência dele.

Mas como pode o amor fazer com as pessoas, ela é o meu exemplo, mas já vi a esse filme tanta vezes. Como é possível que o amor ao invés de provocar sorrisos os tire? Como pode as pessoas modificar tanto o sentido simples das coisas? Como pode?

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