quarta-feira, 25 de maio de 2011

Confiança.

A confiança que me era desconhecida surge gentilmente, e começo a pensar sobre tal palavra. Essa que para mim seria como teia de aranha, por hora encantadora, bem traçada, perfeitamente trabalhada, constituída por uma parte da vida da aranha, levando desta, a essência. A teia apesar de bela é frágil, uma vez dilacerada, pra sempre dilacerada será. Não importam quantas tentativas serão jogadas ao vento pela reconstituição de uma teia, ela jamais será a mesma, e nem a aranha.

Serie: Palavras Bonitas

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sobre 2006

Posso dizer que o ano de 2006 foi, sem duvidas o pior ano da minha vida, posso dizer também que o ano de 2006 foi o melhor ano da minha vida, até então.

Eu tinha 14 anos e estudava no 1º ano do ensino médio, em um Colégio qualquer no interior, acordava cedo todas as manhãs e ia para escola, encontrava com os meus amigos, para matar o tédio inacabável das aulas de geografia, até hoje eu ainda não sei o que se estuda costumeiramente em geografia, porque nós riamos a aula toda falando sobre qualquer coisa... Eu tinha quatro amigos, eram poucos, mas me completavam, nos chamávamos de quinteto, e cada diz se fazia especial, pois nós 5 sabíamos que ao chegar o fim do ano cada um tomaria um rumo diferente. Foi quando eu aprendi que sofremos por coisas que ainda não aconteceram, pois naqueles momentos felizes eu me pegava pensando em como eu iria sobreviver sem aquilo, bom, eu ainda estou viva, não perguntem como. Foi quando eu descobri que eu amava a voz da Ana Carolina, e que eu era fã da Avril Lavigne, quando eu assistia Rebelde todos os dias e não tinha vergonha de falar sobre o quanto eu amava.

Foi em 2006 que ganhei um computador, foi em 2006 que eu descobri a internet, e foi em 2006 que eu me apaixonei verdadeiramente pela primeira vez, ainda hoje, ás vezes esse amor dói, foi em 2006 que eu descobri que Sócrates era filosofo e que eu gostava de Filosofia, foi em 2006 que eu descobri que não concordava com a Igreja e que Deus não tinha muito haver com aquilo.

Foi em 2006 que eu descobri que o Marcio seria meu amigo pra sempre, foi em 2006 que eu descobri quem eu era. Foi no de 2006 que eu constitui tudo que sou hoje, e hoje sou apenas uma transformação de anos atrás, pouco melhor em algumas coisas, pior em outras.

Em 2006 tive minhas maiores amizades virtuais, Alessandra e a Polly, foi quando eu descobri que podemos amar verdadeiramente as pessoas mesmo quando não estamos tão perto. Foi quando enviei a minha primeira carta no correio, pra Alessandra. Foi quando eu descobri o qual era o verdadeiro significado da palavra: Amizade.

Foi quando descobri que viver não seria fácil, mas mesmo assim eu queria. Se perguntarem qual é a minha nostalgia, posso dizer que é 2006. Eu tinha 14 anos. Foi quando cometi a minha primeira covardia, amei sozinha e em segredo, é o que eu mais me arrependo, por que todas as chances se foram, e nada pode voltar. Eu tinha 14 anos e vivi cada dia profundamente, chorei como criança, andei milhares de vezes as mesmas ruas falando de amor e amizade com o meu melhor amigo, e repetindo a ele e a mim mesma que eu não seria covarde, que nós dois seriamos felizes, que iríamos embora dessa cidade “infernal”.

Fazem quase 3 anos que o meu amigo mora em Curitiba, bom, eu continuo morando nessa cidade “infernal” que não é mais tão infernal quanto parecia. Quando a solidão vem me fazer companhia a única coisa que consigo me lembrar, é eu vou sobreviver, embora ficar sozinha não é algo que eu saiba fazer. E eu não serei feliz um dia, eu sou feliz hoje, por que me 2006 parecia ser tão ruim, e eu sinto tanta falta do cheiro que ruas tinham.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Respeito


Eu gosto de palavras, e começarei a anotar palavras bonitas. Respeito é uma palavra bonita. Não acham?

Mas o seu significado é ainda maior, do que qualquer grandeza a palavra própria possa representar.

Tenho pensado sobre como o respeito pode mudar o mundo. Não há como falar em transformações sem pensar na construção do respeito. Respeito por tudo que é vivo, e até mesmo pelo que é intocável. Respeito por aquilo que conhecemos e também sobre aquilo que não sabemos existir, se houvesse mais respeito entre as pessoas, é certo viveríamos em um mundo, de fato, melhor, maior em grandeza de sentimento.

Porque o respeito também é um sentimento, tão difícil quanto o amor ou a perseverança.

Comece pensando em como é difícil respeitar-se. A mudança só pode vir de você e a começar por você, depois pense comigo, posso estar enganada, mas ao olhar as pessoas que você ama, veja que elas estão errando, ou você acha que estão, então respeite. Todos vamos errar um dia, você já errou amigo, e eu também, e continuamos nessa mesma estrada pensando no que é certo, dizendo o que parece errado, respeite os seus erros, e os erros das pessoas que ama também, não só elas, mas aos outros. Depois perceba que nem sempre as pessoas irão escolher o que você escolheria então, respeite, qual seria a graça se todos fossem como você? E por assim seguir, em algum momento poderemos entender, porque o respeito é tão difícil quanto o amor.


Serie: Palavras Bonitas

[Primeiro texto da serie “Palavras Bonitas” é dedicado para Janaina Estevam e Paulo Sartori. Por tal esforço em compreensão, o que é tão difícil quanto o amor. Os amo incalculavelmente.]

domingo, 1 de maio de 2011