Chegou a hora de
fazer a faxina, retirar o que já não é necessário, ou velho demais, tirar toda
a sujeira, e criar um espaço agradável para o novo que for vir, seja ele qual
for.
Ao
retirar os desenhos da parede, uma emoção tomou conta de mim, e por um momento,
eu quis deixar todos ali, e talvez justamento por essa emoção permiti que
permanecessem por tanto tempo...
Cada um deles, cada assinatura, e cada cor que ultrapassava o contorno
do desenho, tem uma história, um motivo pra estar ali... A lembrança de um
serzinho tão pequeno me estendendo os braços e dizendo “ tia cola pra mim...”,
deixando assim uma lembrança, uma marca de tudo que me ensinou durante o tempo
que permaneceu...
“Tia, fica melhor se fizer o contorno com a canetinha.”
“Se você prometer que cuida delas, eu te empresto as minhas canetinhas.”
Algumas vezes, com ar de timidez e ousadia deixamos nossos desenhos na
parede, muitas vezes, não podemos fazer muito, não podemos ficar muito tempo,
muitas vezes não vamos entender de onde surge tanta força pra enfrentar tantos
momentos difíceis, e como esses rostos não deixam de ser sorridentes. Muitas
vezes, vamos aprender mais que ensinar.
Retirar os desenhos me fez lembrar de cada rosto, de cada história, de
cada momento, uma nostalgia doce e singela se presente em mim, uma saudade
gratificante, por saber que mesmo tendo algo deles, eles também levaram algo de
mim.
Hoje, era exatamente lá que eu queria estar, e foi para esse momento
que caminhei os últimos 4 anos, sem saber como ir, ou para onde, com um medo
insano e muitas vezes dominador, a parede me lembrou o que tenho feito, e
pensar em para que tenho feito.
Não significa necessariamente mudar uma vida, uma história, mas sim
proporcionar um momento, o mais simples, o mais singelo e talvez o mais
profundo, trazer o que a pessoa precisa naquele instante, e mesmo que pareça
insignificante, acredite, não é.
Às vezes precisamos fazer a limpeza, e retirar algumas coisas de vista,
se desfazer de alguns objetos, para que então, possa
mos guardar novos objetos, e ter novas lembranças, abrir espaço e receber o que é novo de braços abertos. O que passou, já marcou, já está ali, já transformou da forma que poderia transformar.
mos guardar novos objetos, e ter novas lembranças, abrir espaço e receber o que é novo de braços abertos. O que passou, já marcou, já está ali, já transformou da forma que poderia transformar.
Olhando para a porta de vidro fechada...
“Tia não lembro mais de como é lá fora, ou de como é vento.”
“Vem aqui, eu abro a porta pra você”.
Muito bem Pequena teve uma linda reflexão, Adorei esta postagem viu esta de Parabéns minha psicologa particular aproveite este dom que Deus te deu e cultive ele viu que Deus te cuide sempre . =D
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